Aconteceu na tarde desta segunda-feira (09), no plenário Osvaldo Nogueira da Câmara Municipal de Camaçari, uma Audiência Pública solicitada pela Secretaria de Cultura do município, em parceria com a Comissão de Cultura, Desporto e Lazer do Legislativo Municipal, dividindo a Mesa do plenário. O evento começou por volta das 15h, e tinha como finalidade mostrar e debater com a população o Plano Municipal de Cultura, que terá a duração de dez anos, indo de 2022 a 2032.
O primeiro palestrante foi o secretário geral do Conselho de Cultura, Paulo D’Érrico, que lembrou que o “objetivo desta audiência pública é promover um amplo debate com sugestões relacionadas ao Plano Municipal de Cultura”. Após sua fala foi a vez de Luciel Neto, subsecretário de cultura de Camaçari, falar um pouco sobre a importância do Plano para o município, ressaltando que este é um trabalho fruto de um diálogo entre a Secult e a sociedade civil, intermediado pelo Conselho de Cultura de Camaçari.
Em seguida, o presidente da comissão de elaboração do Plano Municipal de Cultura e técnico da Secult, Ismael Bernardo, utilizou a tribuna para falar sobre o trabalho de sua comissão em fazer um texto que expressasse todos os anseios da sociedade civil fazedora de cultura. Em sua apresentação, ele revelou que após 16 reuniões presenciais entre 14 diferentes segmentos culturais, receberam ao todo 331 sugestões de 127 pessoas envolvidas.
Após as apresentações preliminares, a Secretária de Cultura de Camaçari, Márcia Tude, apresentou as diferentes temáticas que foram dividias em 5 eixos, para tornar o plano mais didático. A secretária mostrou que este Plano Municipal se conecta também com os planos nacional e estadual de cultura, e trouxe uma questão bem importante no Plano, que são dois campos de ação de benefícios, o vale cultura para estabelecimentos credenciados, e a bolsa cultura permanente para desenvolvimento de grupos artísticos e também de indivíduos.
Após a apresentação da secretária foi aberta a fala para a plateia fazer as perguntas para os palestrantes. O primeiro a fazer o questionamento foi o ator e advogado Bispo da Cultura, que falou sobre a história das lutas por políticas públicas para a cultura em Camaçari, e cobrou que “tenha um orçamento vinculado à cultura, de no mínimo 2% para a cultura municipal de Camaçari, para que possamos de fato fazer com que todas estas ações venham para a prática”.
O cantor Rege FX também questionou os palestrantes e vereadores, fortalecendo a fala de Bispo em se destinar recursos financeiros vinculados para a cultura municipal, pois “em tempos como este que vivemos de pandemia, a arte salvou e transformou a vida de muitas pessoas que queriam se matar”.
Após todas as perguntas da plateia, Luciel Neto respondeu algumas dúvidas sobre a vinculação de recursos para a cultura, e em seguida foi aberta a fala para os vereadores. Utilizaram a tribuna os vereadores Tagner (PT), Gilvan Souza (PSDB), Ivandel Pires (Cidadania), Flávio Matos (União), e Niltinho (PSDB), que presidiu a Audiência Pública como presidente da Comissão de Cultura, Desporto e Lazer. (CMC)