Bahia Política

Sem meias verdades

Lúcio critica antecipação do debate sobre chapa majoritária de 2026

Foto: Arquivo/Bahia Política

O presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, classificou como precipitado o debate em torno da formação da chapa majoritária para as eleições de 2026. Em resposta às declarações recentes do senador Jaques Wagner (PT), que defendeu uma composição “puro-sangue” com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) disputando a reeleição e ele e o ministro Rui Costa (PT) concorrendo ao Senado, Lúcio destacou que respeita a opinião de Wagner, mas não concorda com a antecipação do tema. Para ele, discussões prematuras podem ser prejudiciais ao processo eleitoral.

Lúcio lembrou que a formação da chapa em 2022 enfrentou diversas mudanças antes de se consolidar com Jerônimo Rodrigues como candidato ao governo. Ele destacou que a vitória de Jerônimo ocorreu por um esforço conjunto de partidos aliados, incluindo o MDB, e uma diferença de apenas 400 mil votos, reforçando que a eleição foi decidida no detalhe. “Política se faz somando, não dividindo. Que soma é essa com três governadores?”, questionou o ex-deputado, ao criticar a exclusão de aliados como o senador Ângelo Coronel (PSD) no cenário proposto por Wagner.

O líder emedebista também comentou a derrota de Geraldo Jr., atual vice-governador, na disputa pela Prefeitura de Salvador em 2024. Segundo Lúcio, a aliança entre os partidos não funcionou como deveria, pois “foi da boca para fora” e careceu de engajamento efetivo das legendas. Ele alertou que mudanças frequentes na composição da chapa transmitem uma falsa certeza de vitória, algo que já prejudicou outros candidatos no passado, como ACM Neto.

Por fim, Lúcio reforçou que o sucesso eleitoral depende de votos e da mobilização de todas as lideranças políticas envolvidas. Ele destacou que, para Jerônimo garantir a reeleição, será necessário o apoio sólido de partidos aliados, evitando repetir erros estratégicos que desarticulam as bases. “Os votos de Rui já serão os de Jerônimo, mas os votos que faltam precisam vir dos outros partidos. É preciso cautela para não cair no erro de achar que a vitória está garantida”, concluiu.

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