O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou durante uma entrevista nesta sexta-feira (21), que o primeiro passo do governo federal para combater a inflação dos alimentos será ampliar o Plano Safra. Este plano, voltado ao apoio ao setor agropecuário, oferece créditos, incentivos e políticas agrícolas essenciais para os produtores rurais. Haddad anunciou que, após a aprovação do orçamento, o governo lançará um novo plano para 2025, com a expectativa de manter o crescimento da produção de alimentos sem prejuízos ambientais.
Segundo o ministro, os desafios enfrentados pelo Brasil, como a seca e as enchentes em 2024, além da elevação dos juros nos Estados Unidos, que impactaram o câmbio, ajudaram a alimentar a alta da inflação. Ele enfatizou que esses problemas precisam ser resolvidos rapidamente para evitar mais pressões sobre os preços no país. Em relação à safra, Haddad acredita que 2025 será marcado por uma colheita recorde, o que ajudará a estabilizar os preços e garantir o abastecimento interno e as exportações.
Outro fator que pode contribuir para a queda dos preços dos alimentos é a diminuição do dólar, o que favorece a economia brasileira e o comércio exterior. O ministro acredita que, com a valorização do real e o aumento da safra, a inflação alimentar pode ser controlada. Ele ainda elogiou as ações do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para expandir a produção agrícola para novas regiões, um movimento necessário frente à crise climática.
Haddad também criticou a demora do Congresso em aprovar o orçamento, afirmando que isso prejudica a implementação de políticas públicas, principalmente no que diz respeito ao subsídio aos pequenos e médios produtores rurais. Segundo ele, sem a aprovação do orçamento, é difícil garantir a continuidade das linhas de crédito e o suporte necessário para a produção de alimentos a preços acessíveis, impactando diretamente os consumidores e o setor agrícola.
O ministro aproveitou a oportunidade para criticar a gestão do governo anterior, especialmente no contexto eleitoral de 2022. Para Haddad, o medo da derrota nas eleições levou o governo anterior a adotar práticas irresponsáveis com os recursos públicos, prejudicando a sustentabilidade fiscal do país. Já no governo atual, ele garante que o foco está na racionalização do uso dos recursos, com uma gestão responsável e voltada para a continuidade dos direitos sociais essenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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