27 de fevereiro de 2025

Bahia Política

Sem meias verdades

Pesquisa aponta queda do PT na Bahia e crescimento de ACM Neto

Foto: Divulgação

Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (27), mostra um cenário desafiador para o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia. Ambos registraram queda na popularidade, enquanto ACM Neto (União Brasil) aparece como principal nome da oposição, ganhando força na disputa pelo governo estadual em 2026.

Se as eleições fossem hoje, ACM Neto teria 42% das intenções de voto contra 38% de Jerônimo Rodrigues. João Roma (PL) aparece com 11%, enquanto Kleber Rosa (PSOL) tem 1%. Além disso, 12% dos eleitores votariam em branco ou nulo, e 5% ainda estão indecisos. O levantamento ouviu 1.200 eleitores entre os dias 12 e 23 de fevereiro, com margem de erro de 3 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

O desgaste do PT no estado está diretamente ligado a problemas como segurança pública, desemprego e saúde. A Bahia segue entre os estados mais violentos do país, com o avanço do crime organizado. No mercado de trabalho, a falta de oportunidades preocupa a população, enquanto o sistema de saúde enfrenta superlotação e longas filas de espera.

A desaprovação ao governo Lula também aumentou no estado, com queda de mais de 15 pontos na aprovação. Pela primeira vez, a insatisfação ultrapassou os 50%, refletindo o impacto da inflação e o sentimento de frustração com promessas não cumpridas. Isso pode afetar diretamente o desempenho do PT nas eleições de 2026.

Com quase duas décadas no poder, o partido enfrenta um dos momentos mais críticos desde que assumiu o governo baiano. O favoritismo de ACM Neto e o descontentamento crescente da população indicam uma disputa eleitoral acirrada, com risco real de mudança no comando do estado.

Jerônimo Rodrigues terá pouco mais de um ano para reverter essa tendência e tentar recuperar a confiança do eleitorado. Caso contrário, a Bahia pode estar prestes a encerrar um ciclo político que durou quase 20 anos, abrindo espaço para uma nova liderança.

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