Moradores do bairro Jussara, em Feira de Santana, realizaram um protesto nesta quarta-feira (26), bloqueando a Avenida Eduardo Fróes da Mota, em repúdio à morte de Levi da Silva Pinheiro, um jovem da localidade, durante uma operação policial. Os manifestantes, que fecharam as duas pistas da via com objetos em chamas, exigem esclarecimentos sobre a abordagem da Polícia Militar (PM) e as circunstâncias que levaram à morte de Levi. Além disso, a mãe do jovem alega ter sido agredida pelos policiais enquanto tentava intervir na ação.
Luciene Teixeira da Silva, mãe de Levi, contou em entrevista que na noite de segunda-feira (24), policiais fecharam a porta da casa onde seu filho estava e dispararam contra ele. Luciene tentou intervir, mas foi agredida pelos agentes. “Eu senti como se fosse em mim. Só tinha eu na rua e eles atirando nele. E eu gritando: ‘Para, não mata meu filho’”, relatou. A irmã da vítima, Lorena da Silva, também reforçou que Levi não estava armado no momento da abordagem.
A versão da Polícia Militar aponta que a guarnição foi acionada após denúncias de homens armados na região, e que ao chegarem ao local, foram recebidos a tiros, iniciando-se um confronto. Durante a operação, um dos suspeitos foi encontrado ferido dentro de uma casa abandonada, sendo socorrido e levado ao Hospital Geral Clériston Andrade, onde faleceu. A PM informou ainda que com o suspeito foi apreendido um revólver calibre 38 e drogas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que a via foi liberada por volta das 13h15, após o término do protesto, que não registrou incidentes maiores. Já a PM explicou que utilizou munições de elastômero, bombas de efeito moral e gás para dispersar os manifestantes, e afirmou que a alegação da mãe de Levi sobre agressões ainda precisa ser investigada. A Polícia Civil de Feira de Santana segue apurando a morte de Levi, e a situação continua sendo acompanhada de perto pela comunidade local e pelas autoridades.
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