O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia expandir o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida para incluir famílias com renda mensal entre R$ 8.000 e R$ 12 mil. A medida busca facilitar o acesso à casa própria para a classe média, que enfrenta dificuldades com o financiamento imobiliário. O governo pretende usar R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para essa ampliação, conforme solicitado ao relator do Orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA).
A proposta vem sendo discutida em meio à queda de popularidade do presidente, especialmente entre a classe média. Atualmente, a faixa 3 do programa atende famílias com renda de até R$ 8.000, e o limite de valor do imóvel é de R$ 350 mil. Para a nova categoria, técnicos debatem um teto entre R$ 400 mil e R$ 450 mil, podendo ser ainda maior. Também está em análise a possibilidade de financiar imóveis usados.
A expansão do Minha Casa, Minha Vida poderá ser viabilizada por decreto presidencial, com aprovação do Conselho Curador do FGTS. A intenção é utilizar os recursos do Fundo Social para aliviar a pressão sobre o FGTS, que financia o programa. Dessa forma, o dinheiro liberado poderia ser direcionado para atender a nova faixa de renda.
Na última sexta-feira (14), o governo enviou um ofício solicitando a destinação de R$ 14,37 bilhões para a faixa 3 e R$ 630 milhões para a faixa 1, que contempla famílias de baixa renda. Com essa reestruturação, espera-se garantir maior alcance ao programa e impulsionar o setor da construção civil.
A decisão final deve ser anunciada no início de abril, após a viagem de Lula ao Japão. O governo ainda discute detalhes, como critérios para enquadramento e condições de financiamento. Se implementada, a nova faixa pode beneficiar milhares de famílias que hoje não conseguem acessar financiamentos imobiliários a juros reduzidos.
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