A Bahia lidera, novamente, o ranking de mortes por choques elétricos no Brasil, com 79 óbitos registrados em 2024, conforme dados que serão divulgados pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). O estado já havia ocupado a mesma posição em 2023, quando registrou 61 mortes. Em março deste ano, quatro casos de mortes por choques elétricos foram confirmados, destacando a necessidade urgente de medidas para prevenir esses acidentes fatais, especialmente em áreas rurais e em cidades do interior baiano.
Os casos recentes incluem o de Luanderson Silva Alves, um menino de 11 anos que morreu ao tentar ligar uma bomba de água em Retirolândia, e Joacy Nunes Barreto, de 59 anos, que sofreu o choque enquanto manuseava uma tomada em Feira de Santana. Além deles, dois eletricistas perderam a vida enquanto trabalhavam nas cidades de Tanquinho e Juazeiro. Estes acidentes trágicos reforçam o cenário alarmante de segurança elétrica no estado.
A Bahia se destaca entre os estados brasileiros por registrar o maior número de mortes por choques elétricos, com a maioria das vítimas sendo pessoas que moram em áreas rurais ou trabalham com eletricidade de forma precária. A pesquisa também revela que, no Brasil, os incêndios causados por sobrecarga elétrica aumentaram significativamente, subindo 23,5% entre 2023 e 2024. A pesquisa ressalta a importância da conscientização e da prevenção de acidentes, com ações de informação e educação sendo fundamentais para reduzir os números.
Especialistas apontam que o uso inadequado de adaptadores, tomadas e extensões, além de equipamentos de baixa qualidade, como fios e cabos mal produzidos, contribui para o aumento desses acidentes. O alerta é para o cuidado com carregadores de celulares e outros dispositivos, que, quando deixados conectados por muito tempo, podem causar superaquecimento e curtos-circuitos. Para melhorar a segurança, a recomendação é a revisão regular das instalações elétricas, substituindo equipamentos antigos e inadequados e garantindo a utilização de dispositivos de proteção como o DR (Dispositivo de Proteção contra Choques Elétricos).
Por fim, especialistas enfatizam a necessidade de manter a calma em situações de emergência. Caso um choque elétrico aconteça, a primeira medida é desligar o disjuntor para interromper a corrente elétrica, evitando tocar na vítima. Em casos graves, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros ou o SAMU imediatamente. Além disso, situações perigosas como a exposição a fios de alta tensão nas ruas exigem cuidado, especialmente em atividades como empinar pipa ou construção perto das redes elétricas. A distância mínima recomendada é de 2,5 metros.
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