O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 13 ex-executivos do Grupo Americanas por um esquema de fraudes e desvios que somam cerca de R$ 25 bilhões. Segundo a acusação, a manipulação contábil inflou artificialmente os lucros da empresa, mascarando prejuízos e enganando investidores. O caso tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
O ex-CEO Miguel Gutierrez é apontado como líder do esquema, que também envolvia outros altos executivos, incluindo a ex-CEO da B2W, Anna Saicali, além de vice-presidentes e diretores financeiros. As investigações indicam que as fraudes ocorreram de 2016 a 2022 e foram mantidas em segredo por meio da manipulação de auditorias internas.
E-mails, mensagens de WhatsApp e documentos internos demonstram que os envolvidos tinham conhecimento das irregularidades. Três executivos fecharam acordos de colaboração premiada e detalharam como o esquema funcionava, incluindo a maquiagem de balanços com operações de crédito fictícias.
O rombo contábil veio à tona em janeiro de 2023, quando a nova gestão da Americanas revelou inconsistências bilionárias nos registros financeiros. As ações da empresa despencaram, resultando em uma desvalorização de mais de R$ 70 bilhões. Em meio à crise, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial.
Para evitar a falência, um plano foi aprovado em 2024, prevendo a injeção de R$ 24 bilhões na empresa, sendo metade do valor bancado por seus principais acionistas e o restante pelos bancos credores. A Americanas segue tentando reestruturar suas operações e recuperar a confiança do mercado.
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