Os mercados financeiros enfrentam uma forte queda nesta quinta-feira (3) após o anúncio das novas tarifas recíprocas dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump determinou taxas entre 10% e 50% sobre diversos países, o que gerou grande incerteza entre investidores. O dólar caiu quase 2% no índice DXY, atingindo a menor cotação desde setembro do ano passado, enquanto bolsas da Europa e da Ásia registraram perdas expressivas.
A União Europeia foi um dos blocos mais afetados, com tarifas de 20% sobre seus produtos exportados para os EUA. Bolsas como a da Alemanha, França e Holanda registraram quedas superiores a 2,5%, refletindo o temor de impacto na economia do continente. O Reino Unido e a Suíça também sentiram os efeitos, com tarifas de 10% e 31%, respectivamente, pressionando ainda mais seus mercados acionários.
Na Ásia, países como Vietnã, Bangladesh e Tailândia sofreram tarifas superiores a 35%, enquanto a China foi taxada em 34%. Isso derrubou índices como o Hang Seng, de Hong Kong (-1,52%), e o Nikkei 225, do Japão (-2,73%). O impacto foi sentido globalmente, com investidores temendo que a medida leve a uma desaceleração econômica nos EUA e no mundo.
Trump justificou as tarifas como uma resposta à “exploração” dos EUA por parceiros comerciais, chamando a medida de “Dia da Libertação”. Ele afirmou que as taxas têm o objetivo de incentivar empresas estrangeiras a transferirem suas fábricas para solo americano. Especialistas alertam que o encarecimento dos produtos importados pode pressionar a inflação e reduzir o consumo nos EUA.
O Brasil foi um dos países menos atingidos, recebendo uma tarifa de 10% sobre suas exportações. No entanto, a incerteza sobre os impactos dessa guerra comercial segue preocupando analistas. O mercado agora aguarda os desdobramentos da medida, que deve entrar em vigor nos próximos dias, enquanto o mundo se adapta a um novo cenário econômico.
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