A partir de maio de 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) iniciará a substituição gradual do exame Papanicolau pelo teste molecular RT-PCR para a detecção do HPV, o principal causador do câncer de colo do útero. Essa mudança terá início em Pernambuco, com a previsão de atender 435 mil mulheres no primeiro ano. A ampliação do uso do teste pode ocorrer em outros estados, como Minas Gerais, com expectativa de alcançar todas as unidades de Atenção Primária à Saúde até 2026.
Desenvolvido no Brasil pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), o novo teste RT-PCR foi aprovado pela Anvisa e promete um diagnóstico mais preciso e eficaz. Ao invés de apenas identificar células alteradas, como o Papanicolau, o RT-PCR detecta a presença do vírus HPV, mesmo antes do surgimento de lesões. A sensibilidade do novo exame é impressionante, alcançando 97% de precisão na detecção do HPV.
Outro benefício importante do teste de DNA é a ampliação do intervalo entre as coletas. Enquanto o Papanicolau exigia uma coleta a cada três anos, o RT-PCR permite que a mulher faça o exame a cada cinco anos, o que contribui para uma rotina de saúde mais confortável e menos invasiva. Além disso, o teste pode identificar até 14 subtipos de HPV de alto risco, que são os responsáveis pelo desenvolvimento do câncer cervical.
O novo teste também traz uma grande vantagem no diagnóstico precoce. Estudos indicam que ele pode identificar o HPV cancerígeno até dez anos antes do aparecimento de lesões ou do desenvolvimento da doença, o que facilita a detecção precoce e torna o tratamento mais simples e menos oneroso. Essa mudança é um avanço importante na prevenção do câncer de colo do útero, oferecendo um método mais eficaz para detectar o HPV e salvar vidas.
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