O ministro Alexandre de Moraes ordenou o monitoramento dos telefones de Mauro Cid, delator no inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada após a Polícia Federal identificar contradições significativas em seu depoimento, o que levou a pedidos de prisão e levantou suspeitas sobre informações possivelmente omitidas. Em novembro de 2022, Cid afirmou que militares participaram de uma reunião sobre o plano golpista. No entanto, investigações posteriores indicaram que esses oficiais tiveram um papel central no planejamento da ação, o que contradiz sua versão dos fatos.
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Além disso, Mauro Cid não conseguiu explicar de forma convincente o propósito de uma reunião entre membros das Forças Especiais, cujo objetivo era pressionar o comandante do Exército a apoiar o golpe. Diante dessas inconsistências, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a necessidade de sua prisão, destacando que Cid não apenas omitiu fatos relevantes, mas também minimizou a gravidade dos eventos investigados. Essas falhas em sua delação colocam em dúvida sua credibilidade e podem comprometer o andamento do inquérito.
A decisão de monitorar as comunicações de Mauro Cid busca esclarecer pontos nebulosos do caso e garantir que as investigações avancem com base em informações concretas. A expectativa é que novas evidências sejam obtidas a partir da análise de seus telefonemas e mensagens, ajudando a aprofundar as apurações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e o envolvimento de outros possíveis participantes no esquema.
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