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Itororó, município baiano com pouco mais de 16 mil habitantes, registrou um aumento nos repasses do Benefício de Prestação Continuada (BPC), superando os valores destinados ao Bolsa Família. A cidade agora integra a lista de 1.167 municípios brasileiros onde o BPC já ultrapassa o volume de recursos do programa social. Este fenômeno tem gerado preocupações no governo federal, pois reflete uma tendência nacional.
Em março de 2025, o número de municípios onde os repasses do BPC são superiores aos do Bolsa Família mais que dobrou em relação ao ano anterior, passando de 492 para 1.167, um aumento de 137%. O BPC, destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social, garante um salário mínimo mensal, enquanto o Bolsa Família oferece uma média de R$ 660 por núcleo familiar.
O crescimento do número de beneficiários do BPC no Brasil é alarmante, com um aumento de 33% em 31 meses consecutivos. Atualmente, o programa atende a 6,2 milhões de pessoas. Essa expansão tem relação com mudanças na legislação, maior reconhecimento de diagnósticos, como o Transtorno do Espectro Autista, e a ampliação do critério de concessão do benefício, além do aumento real do salário mínimo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) alerta para os impactos dessa migração de beneficiários do Bolsa Família para o BPC. O ministro Antonio Anastasia atribui esse fenômeno à dificuldade de acesso à aposentadoria após a reforma da Previdência e ao crescente número de pedidos judiciais para concessão do benefício.
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