O Brasil registrou em 2023 o menor número de nascimentos dos últimos 47 anos, com 2.518.039 registros, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (16). O número representa uma queda de 0,8% em relação a 2022 e marca o quinto recuo consecutivo. Embora comparável aos níveis de 1976, quando houve 2.468.667 nascimentos, o instituto alerta que os dados da década de 1970 podem estar subestimados por conta da subnotificação da época.
Uma das principais tendências observadas é o adiamento da maternidade. Em 2023, 39% das mães tinham mais de 30 anos ao dar à luz, um salto em relação aos 23,9% registrados em 2003. Em contrapartida, a proporção de mães adolescentes caiu de 20,9% para 11,8% no mesmo período. O Distrito Federal lidera com a maior taxa de mães acima dos 30 anos (49,4%), seguido por Rio Grande do Sul e São Paulo (44,3%).
Apesar da queda nacional, o Centro-Oeste foi a única região do país a registrar aumento nos nascimentos em 2023, com crescimento de 1,1%. Também foi a única a apresentar alta no número de casamentos. Entre os estados, Tocantins (+3,4%), Goiás (+2,8%) e Roraima (+1,9%) lideraram os crescimentos.
As projeções do IBGE indicam que, após atingir um pico populacional de 220 milhões em 2041, o Brasil começará a reduzir sua população. Em 2070, o número de habitantes pode cair para 199,2 milhões, refletindo o envelhecimento da população e a queda contínua na taxa de natalidade.
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