O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), o pedido de cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A decisão foi tomada após mais de seis horas de sessão marcada por discussões intensas e troca de acusações entre parlamentares. Por 13 votos a 5, o colegiado acatou o parecer do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), que recomendou a perda do mandato.
A acusação contra Glauber envolve a expulsão considerada agressiva de um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024, fato que, segundo o relatório, configura quebra de decoro parlamentar. O processo ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara. Glauber anunciou que vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e iniciou uma greve de fome em protesto.
A sessão foi marcada por fortes embates entre deputados da esquerda e da direita. Parlamentares do Psol, PT e PCdoB criticaram o andamento da votação e alegaram articulação para que a ordem do dia no plenário fosse adiada, permitindo a continuidade da sessão no Conselho. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) classificou a decisão como “ideológica e política”.
Em meio às discussões, manifestantes presentes no local gritaram “sem anistia”, após um confronto verbal entre Guilherme Boulos (Psol-SP) e parlamentares de direita. Boulos respondeu às provocações com ironia, afirmando que “marmita é o que você vai levar ao Bolsonaro quando ele estiver na Papuda”. O clima tenso evidenciou a polarização em torno do caso.
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