No primeiro dia de funcionamento do novo crédito consignado para trabalhadores CLT do setor privado, mais de 10,4 milhões de simulações foram realizadas até as 13h45 desta sexta-feira (21). Segundo o Ministério do Trabalho, 1,1 milhão de solicitações de proposta foram feitas, resultando em 1.244 contratos fechados. A modalidade, que utiliza até 10% do saldo do FGTS como garantia, foi criada para oferecer taxas de juros mais baixas e já está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
A expectativa do governo é que a taxa de juros do consignado para CLTs caia cerca de 40% em comparação a outras opções de crédito. Em dezembro, a taxa média do consignado privado era de 2,89% ao mês, bem acima dos 1,8% cobrados de servidores públicos e dos 1,66% para aposentados do INSS. A medida também amplia o acesso ao crédito para trabalhadores rurais, empregados domésticos e de MEIs, categorias que antes não podiam utilizar essa modalidade.
Para aderir, o trabalhador precisa acessar a Carteira de Trabalho Digital e solicitar propostas às instituições financeiras credenciadas. O sistema já está ativo, e quem tem um consignado vigente poderá migrar para a nova linha a partir de 25 de abril. Além disso, a partir de 6 de junho, será possível realizar a portabilidade entre bancos, permitindo que o trabalhador escolha a melhor oferta. O limite do empréstimo é de até 35% do salário bruto, incluindo benefícios e comissões.
Em caso de demissão, o FGTS poderá ser utilizado para quitar a dívida. Caso o saldo não seja suficiente, os pagamentos ficam suspensos até o trabalhador conseguir um novo emprego com carteira assinada, quando as parcelas serão retomadas com os devidos reajustes. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avalia que o novo modelo de consignado representa uma alternativa mais acessível e segura para os trabalhadores da iniciativa privada.
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