Neste 7 de abril, Dia dos Jornalistas, ganha destaque a importância do jornalismo profissional diante da avalanche de fake news. De um lado, conteúdos desinformativos com aparência de denúncia ou credibilidade. Do outro, reportagens baseadas em apuração séria e checagem de fatos. Segundo especialistas, esse duelo é decisivo para garantir o direito à informação e a preservação da democracia.
A pesquisadora Sílvia Dal Ben, da Universidade do Texas, lembra que a internet democratizou o acesso à informação, mas também abriu espaço para mensagens enganosas. Para ela, o jornalismo precisa abandonar o excesso de superficialidade e retomar práticas mais profundas, com mais tempo para apurar e produzir conteúdos de qualidade.
Fabiana Moraes, professora da UFPE, defende que os veículos profissionais podem usar linguagens visuais semelhantes às das fake news, mas com responsabilidade e informação confiável. A ideia é atrair a atenção do público com formatos atrativos, sem abrir mão da veracidade e da profundidade das pautas.
Outro ponto importante é a distribuição. Jornalistas precisam usar as mesmas ferramentas das redes sociais e influenciadores para alcançar novos públicos. Isso inclui pensar em formatos mais acessíveis e investir em estratégias de engajamento. Para a professora Thaïs Jorge, da UnB, é essencial mostrar ao público como as notícias impactam suas vidas.
Por fim, especialistas destacam a importância da alfabetização midiática, para que as pessoas saibam diferenciar conteúdos confiáveis de desinformação. A presidente da FENAJ, Samira de Castro, resume: é a confiança na informação checada, ética e responsável que pode vencer a guerra contra as mentiras.
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