O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) divulgou uma nota nesta sexta-feira (15) repudiando as tentativas de vincular o ex-presidente Jair Bolsonaro ao atentado cometido por Francisco Wanderley, que se explodiu na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira (13). Em defesa do Partido Liberal (PL), o parlamentar classificou a ação como um suicídio, desvinculando-a de qualquer ataque aos Poderes, e afirmou que a narrativa busca enfraquecer o projeto de lei da anistia, que propõe perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Na nota, Eduardo Bolsonaro reconheceu a filiação de Wanderley ao PL, mas ressaltou que a ligação ocorreu em 2020, antes de Jair Bolsonaro se filiar ao partido. “O responsável pelo incidente teve uma candidatura malsucedida em 2020 por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL”, pontuou. O deputado ainda criticou a “instrumentalização política” do caso, acusando a esquerda de explorar a tragédia para atacar a oposição.
A Polícia Federal, no entanto, segue linha de investigação diferente. Segundo o diretor-geral da instituição, o objetivo de Wanderley era assassinar ministros da Suprema Corte, com foco no ministro Alexandre de Moraes. O próprio Moraes afirmou que o homem-bomba se explodiu ao perceber que seria preso, após seu plano falhar.
O episódio ainda levanta questionamentos sobre os vínculos de Wanderley com o bolsonarismo. Um boné da campanha de Jair Bolsonaro, em 2022, foi encontrado no trailer alugado pelo autor do atentado, reforçando as suspeitas. Nas redes sociais, Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França, havia feito publicações mencionando o ataque, intensificando o debate sobre a influência de discursos extremistas na ação.
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