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Sem meias verdades

 Ex-prefeito de Cansanção é condenado por fraudes em licitações

Foto: Reprodução/TV

A Justiça Federal da Bahia condenou o ex-prefeito de Cansanção, Ranulfo da Silva Gomes, e mais dois réus por fraudes em licitações e apropriação de recursos públicos. O caso, que faz parte da operação “Making Of”, deflagrada em 2015 pela Polícia Federal, envolveu irregularidades em processos licitatórios direcionados a uma empresa que, embora registrada formalmente em nome de terceiros, pertencia de fato ao ex-prefeito. O trio também foi condenado por prorrogação ilegal de contratos administrativos.

Ranulfo Gomes, que já enfrenta outras condenações por crimes semelhantes, recebeu uma pena de 22 anos e 6 meses de reclusão, além de multa. Seus aliados no esquema, José Orlando Pinheiro Junior, ex-secretário de Administração e Finanças, e Milton Neves de Oliveira, também foram condenados a penas de 14 anos e 18 anos e 9 meses, respectivamente. Eles também terão que pagar multas diárias por suas infrações.

A investigação revelou que a empresa M. Neves, de Milton Neves de Oliveira, recebeu mais de R$ 6,3 milhões durante a gestão de Ranulfo, com parte dos recursos sendo repassada diretamente ao ex-prefeito. A contabilidade da empresa foi encontrada no escritório pessoal de Gomes, e cheques da empresa eram controlados por sua secretária particular. A fraude envolvia contratos de serviços como borracharia e fornecimento de água por carros-pipa.

Apesar de Sidiney Cardozo Farias, presidente da Comissão de Licitação do município, ser inicialmente envolvido no caso, ele foi absolvido por falta de provas. Já os condenados têm o direito de recorrer em liberdade, mas foram obrigados a ressarcir o erário em R$ 152.932,60, com o valor corrigido e dividido igualmente entre os três réus.

Ranulfo Gomes já havia sido condenado em outros processos relacionados a fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, totalizando uma pena de 73 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão, além de multas e da obrigação de devolver valores desviados. Essas sentenças incluem fraudes em contratos de transporte escolar e desvio de recursos públicos no valor de R$ 26,5 milhões.

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