A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, enfrentou atrasos e só estará totalmente em funcionamento no final de 2026, conforme novo cronograma divulgado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O projeto inicialmente previa a produção plena já em 2024, mas a construção sofreu um atraso significativo, em parte devido a investigações. Mesmo com o adiamento, a empresa já planeja iniciar a montagem de veículos em 2025, com a produção em um estágio inicial e a contratação de mão de obra para dar início às atividades.
O processo de montagem será realizado no sistema SKD (Semi Knocked Down), em que os veículos chegam à fábrica parcialmente desmontados e são finalizados localmente. Este método, embora não produza carros totalmente fabricados no Brasil, ainda permite que os veículos sejam classificados como nacionais. A previsão é que, ao longo do projeto, cerca de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos sejam criados, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China.
Além dos carros elétricos planejados, como o BYD Dolphin e o Song Plus, a fábrica também se dedicará à produção de caminhões e chassis para ônibus, além de insumos para baterias. A fábrica na Bahia recebeu um investimento de R$ 5,5 bilhões, com expectativa de gerar uma capacidade anual de produção de até 150 mil veículos.
Entretanto, a construção da planta não esteve isenta de problemas. Em dezembro de 2024, a fiscalização do Ministério do Trabalho resgatou 163 trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão, durante a obra de construção da fábrica. A BYD tomou medidas imediatas, encerrando o contrato com a empreiteira responsável pela obra, e afirmou que todos os trabalhadores resgatados receberam a rescisão dos contratos e retornaram à China.
Apesar desses contratempos, a empresa mantém suas projeções de crescimento e planos para um futuro forte no Brasil, com a expansão da produção de veículos elétricos e outros produtos.
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