As fraudes com Pix dispararam em 2024 e já causaram um prejuízo de R$ 4,94 bilhões, de acordo com dados do Banco Central obtidos via Lei de Acesso à Informação. O montante representa um aumento de 70% em relação ao ano anterior, quando as perdas somaram R$ 2,91 bilhões. Os prejuízos se referem, principalmente, a solicitações de devolução feitas por vítimas de golpes que não foram atendidas.
O número de tentativas de golpe também cresceu significativamente. A média mensal de notificações ultrapassou 390 mil em 2024, contra 216 mil no ano anterior. Apenas em janeiro deste ano, foram mais de 320 mil casos considerados procedentes. O Banco Central classifica como fraude qualquer transação feita sem autorização do titular ou sob coerção, e nem todos os pedidos de reembolso são efetivados.
Grande parte das fraudes envolve o uso de contas-laranja ou de passagem, muitas vezes alugadas por criminosos por valores que chegam a R$ 10 mil. Segundo o setor bancário, em 38% dos casos o dinheiro vai direto para contas dos próprios golpistas, enquanto 27% envolvem contas de terceiros e 1% usam dados falsos. O restante é distribuído entre outros tipos de fraude.
Embora o valor perdido seja alto, ele representa apenas 0,019% do total movimentado pelo Pix em 2024, que já supera R$ 26 trilhões. Ainda assim, as instituições financeiras cobram punições mais rígidas para quem participa de golpes, inclusive o banimento temporário do sistema financeiro. O Banco Central também tem reforçado a fiscalização para combater a abertura de contas fraudulentas.
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