O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, na noite da última segunda-feira (16), a nomeação de novos diretores para nove agências reguladoras, encerrando uma disputa de meses entre o Executivo e o Senado. Os nomes foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União. Um dos principais impasses envolvia a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O governo recuou da indicação de Pietro Mendes, atual presidente do conselho de administração da Petrobras, para a diretoria-geral da ANP. Pietro foi indicado apenas como diretor, enquanto Artur Watt Neto, procurador da AGU (Advocacia-Geral da União), apadrinhado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), ocupará o principal cargo.
A decisão revela o esforço do governo em recompor alianças no Congresso, especialmente com o Senado, que vinha demonstrando insatisfação com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além da ANP, foram confirmadas 17 nomeações em agências como Ancine, ANSN, ANS, Anac, Anvisa, ANM e ANTT. Entre os destaques, Wadih Damous, atual Secretário Nacional do Consumidor, foi indicado para diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e deve deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As nomeações ocorrem em um momento crítico para o governo Lula no Congresso, com a previsão de votação de pautas decisivas, como o pacote de corte de gastos e a reforma tributária. O ministro Rui Costa (Casa Civil) despachou sobre o assunto com Lula em São Paulo, onde o presidente se recupera após cirurgia emergencial. Rui esteve acompanhado dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda), demonstrando unidade da equipe ministerial em meio a negociações com o Congresso.
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