O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mais ligada a fatores econômicos globais do que a falhas internas do governo. Em entrevista à Bloomberg News, ele destacou que a inflação elevada e o crescimento desacelerado são desafios enfrentados por diversos países, o que impacta diretamente a confiança dos brasileiros na economia. Apesar das dificuldades, Haddad acredita que a estratégia econômica adotada está no caminho certo e que a paciência será essencial para uma recuperação.
Entre as medidas recentes anunciadas pelo governo está a proposta de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5.000, além de um novo programa de crédito voltado para trabalhadores do setor privado, com o objetivo de reduzir o endividamento das famílias. Haddad nega que essas ações tenham motivação política e reforça que fazem parte de uma reforma estrutural mais ampla, com foco na redução de desigualdades. No entanto, o mercado financeiro mantém receios de que o aumento dos gastos públicos possa comprometer a estabilidade fiscal.
O Banco Central elevou a taxa de juros para 14,25%, enquanto a projeção de crescimento para 2025 foi reduzida de 2,1% para 1,9%. Haddad minimizou preocupações de que as novas medidas do governo possam impactar a inflação, afirmando que foram “bem pensadas” e que a responsabilidade fiscal continua sendo uma prioridade. Ele também ressaltou que a valorização do real nos últimos meses pode ajudar a conter parte da alta nos preços.
Sobre as relações internacionais, Haddad mencionou a necessidade de diversificar parcerias econômicas, especialmente com Europa e Oriente Médio, para enfrentar a instabilidade global. Ele também comentou sobre as incertezas geradas pelo cenário político dos Estados Unidos, mas descartou a possibilidade de uma guerra comercial entre os países, reforçando que a relação entre Brasil e EUA permanece equilibrada e respeitosa.
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