Em uma operação realizada entre os dias 8 e 15 de abril, uma força-tarefa composta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou um homem de 32 anos e uma mulher transgênero de condições de trabalho análogas à escravidão em Planura, Minas Gerais. O homem foi submetido a exaustivas jornadas de trabalho, sem remuneração, além de agressões físicas e sexuais, sendo forçado a tatuar as iniciais dos patrões nas costelas como forma de “posse”.
O resgate foi possível após denúncias feitas pelo Disque 100, que indicavam sinais de trabalho forçado, cárcere privado, agressões e exploração sexual. As vítimas, aliciadas por um trisal formado por um contador, um administrador e um professor, foram atraídas por falsas promessas de ajuda com moradia e educação. Após ganhar a confiança das vítimas, os criminosos as forçaram a jornadas de trabalho sem pagamento e as sujeitaram a diversas formas de abuso.
Durante o período de exploração, o homem resgatado sofreu diversas agressões e foi coagido a marcar a “posse” dos patrões com a tatuagem. A mulher trans, que foi explorada por seis meses, revelou que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) devido ao estresse e à violência. As vítimas foram acolhidas e recebem agora assistência médica, psicológica e jurídica em uma clínica especializada em Uberlândia.
Após o cumprimento dos mandados de prisão, os criminosos foram levados para a Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba. Eles responderão pelos crimes de tráfico de pessoas e trabalho análogo à escravidão. As investigações continuam em busca de identificar outras possíveis vítimas e desmantelar a organização criminosa.
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