A morte de Jefferson Oliveira dos Santos, de 25 anos, gerou revolta entre familiares e moradores do distrito de Humildes, em Feira de Santana. Portador de deficiência intelectual e usuário de medicação controlada, o jovem deu entrada na Policlínica local na terça-feira (22) com sintomas de diarreia e desidratação. Segundo os familiares, apesar do atendimento inicial das enfermeiras, houve falhas graves no processo de regulação e na demora para transferi-lo ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), o que teria sido decisivo para o desfecho trágico.
De acordo com a prima da vítima, Bruna Bacelar, Jefferson chegou a ser estabilizado com soro e oxigênio, mas sofreu um agravamento no quadro devido ao deslocamento de uma hérnia. Mesmo consciente, ele apresentava dificuldade respiratória e dor intensa. A família afirma que só conseguiu avançar com o pedido de transferência após intervenção de vereadores e terceiros, já que a unidade, segundo eles, “não demonstrou esforço”.
Mesmo após a regulação ser autorizada, a ambulância adequada com UTI móvel não foi enviada. A família acionou o SAMU por conta própria, mas foi informada, de forma não oficial, que todos os veículos desse tipo estavam ocupados. Quando finalmente uma ambulância chegou, não havia equipe médica especializada nem os equipamentos necessários. Pouco depois, Jefferson sofreu uma parada cardíaca e, apesar das tentativas de reanimação, não resistiu.
Familiares e amigos exigem respostas da gestão da Policlínica e da Secretaria de Saúde de Feira de Santana. A comunidade local cobra uma investigação rigorosa para apurar a conduta da equipe de plantão e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados.
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