Após um julgamento que durou 19 horas, os três responsáveis pelo assassinato da pastora Eliana de Jesus Santana, de 36 anos, e de seu filho, Ronivon Santana Batista, de 14 anos, foram condenados a 35 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. O crime ocorreu na madrugada de 15 de fevereiro de 2022, na residência das vítimas, no bairro do Garrancho, em Conceição do Jacuípe.
O julgamento foi conduzido pela juíza Camila Macedo dos Santos de Carvalho e contou com um júri popular formado por sete pessoas. Os réus Lucas Assis de Andrade, Ueslei Matias e Filipe Sousa Santos foram condenados por duplo homicídio com agravantes de motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas.
As investigações apontaram que a pastora mantinha um relacionamento com Filipe, que veio de Lauro de Freitas após envolvimento com crimes. Ele morava com a vítima e era sustentado por ela, mas mantinha um triângulo amoroso com os outros dois acusados. Juntos, eles planejaram o crime, que inicialmente teria o objetivo de roubar pertences e a motocicleta da pastora.
A execução foi brutal. A perícia constatou que mãe e filho foram mortos por asfixia. Para tentar simular um suicídio, Filipe cortou os pulsos da pastora e espalhou remédios pelo local. O promotor Ariomar José Figueiredo da Silva classificou o crime como “macabro e revoltante”, destacando que as vítimas foram assassinadas dentro de casa, onde deveriam estar seguras.
A pastora liderava a Igreja Assembleia de Deus Ministério Coluna de Fogo, que funcionava em sua residência. O crime causou grande comoção entre fiéis e moradores da cidade. Após o assassinato, o trio fugiu levando a motocicleta e os celulares das vítimas, mas foi capturado durante as investigações.
Com a condenação, os réus permanecerão à disposição da Justiça para cumprimento da pena em regime fechado. O caso marcou a história de Conceição do Jacuípe e reforçou a importância da atuação policial e do sistema judiciário para combater crimes dessa gravidade.
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