Durante a solenidade de posse do Conselho Federal da OAB, na noite desta segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou as redes sociais a um poder absolutista que ignora fronteiras e subjuga jurisdições nacionais. Em seu discurso, ele defendeu a necessidade de regulamentação das plataformas digitais para conter a desinformação e a propagação do ódio. Segundo Lula, a ausência de regras claras favorece a concentração de poder nas chamadas “oligarquias digitais”.
Além da regulamentação, o presidente destacou a importância de garantir acesso equitativo ao ambiente digital. Ele alertou para o risco do chamado “colonialismo digital”, enfatizando a necessidade de proteger os cidadãos contra o domínio de grandes corporações tecnológicas que influenciam a informação e a comunicação global.
Sem mencionar diretamente Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), Lula evitou citar nomes ligados ao debate sobre regulação digital. No entanto, reforçou que as plataformas não podem operar sem qualquer tipo de controle, atuando acima das leis nacionais e impactando democracias ao redor do mundo.
O petista também ressaltou o papel da OAB na defesa da democracia e voltou a criticar o plano golpista de 2022, atribuído pela Procuradoria-Geral da República ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Para Lula, os atos daquele período refletem ideais autoritários de grupos que ainda defendem métodos violentos e são nostálgicos da ditadura.
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