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Sem meias verdades

Maioria rejeita anistia por atos de 8 de janeiro

Foto: Reprodução/Redes sociais

Levantamento divulgado pelo Instituto Datafolha nesta segunda-feira (7) revela que 56% dos brasileiros são contra a anistia aos responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O episódio é considerado o maior atentado contra as instituições da República desde o retorno da democracia no país. A pesquisa ouviu 3.054 eleitores em 172 cidades brasileiras, entre os dias 1º e 3 de abril, com margem de erro de dois pontos percentuais.

Segundo os dados, 37% dos entrevistados se declararam favoráveis à anistia, enquanto 6% afirmaram não saber e 2% se disseram indiferentes. Ao comparar com os levantamentos anteriores, observa-se uma tendência de aumento no apoio à anistia: em abril de 2024, 31% eram favoráveis, passando para 33% em dezembro e, agora, atingindo 37%. Já o grupo contrário, que era de 63% há um ano, caiu para 56% na pesquisa mais recente.

O apoio ou rejeição à anistia varia conforme o posicionamento político dos entrevistados. Entre os simpatizantes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, 72% são favoráveis à medida. No outro extremo, 90% dos simpatizantes do PSOL se opõem à anistia. Já entre eleitores do PT, o percentual de oposição é de 68%.

A pesquisa foi divulgada um dia após uma manifestação em São Paulo, no domingo (6), organizada por Jair Bolsonaro, pedindo a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O evento reuniu cerca de 44,9 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo estimativa feita por meio de imagens de drones pela USP, em parceria com o Cebrap e a ONG More in Common. A manifestação contou com a presença de lideranças políticas, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), além de parlamentares e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Ainda segundo o Datafolha, quando questionados sobre a dosimetria das penas aplicadas aos envolvidos nos ataques, as opiniões ficaram divididas: 36% acreditam que as penas deveriam ser menores, 34% consideram as punições adequadas e 25% acham que deveriam ser mais severas. Apenas 5% dos entrevistados afirmaram não ter opinião formada sobre o tema.

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