Em entrevista ao programa Bahia Política, comandado por Jutan Araújo nesta quarta-feira (26), o ex-deputado estadual e ex-presidente da AL-BA, Marcelo Nilo, fez duras críticas à gestão do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula. Apesar de reconhecer avanços pontuais, Nilo destacou que os governos estadual e federal enfrentam desafios graves, especialmente na segurança pública, economia e articulação política.
Sobre a administração de Jerônimo, Nilo apontou que o petista apenas segue a cartilha dos antecessores, sem apresentar medidas concretas para resolver os problemas que mais afetam os baianos. Ele alertou que a segurança pública segue em colapso, com o estado liderando os índices de violência no país, sem que o governo demonstre capacidade de reação. “A população está refém da criminalidade, e o governo não consegue apresentar soluções eficazes. A Bahia precisa de um plano real para combater a violência, e não apenas discursos”, criticou.
Em relação ao governo federal, Nilo destacou sobre os problemas enfrentados pela gestão, estão comprometendo o desenvolvimento do país. Ele destacou que a articulação do presidente no Congresso é falha e que a falta de diálogo afeta avanços prejudicados em pautas essenciais. “Olha, na realidade é o seguinte: o presidente Lula tá entregue aos congressistas da Câmara dos Deputados. Ele, infelizmente, não tem força suficiente no Congresso. Então, o que é que ele faz? Para continuar no poder, ele se entrega ao Centrão. E o Centrão coloca os ministros que pensam apenas em si. Tem hoje o Congresso com a tal emenda pix que Lula concorda. Eu nunca vi Lula criticar a emenda pix. A situação do país, é muito difícil”, destacou.
Olhando para 2026, Marcelo Nilo vê um cenário desafiador para o PT na Bahia, apontando que a insatisfação popular pode enfraquecer o grupo que governa o estado há mais de 15 anos. Para ele, a oposição tem chances reais de crescimento, desde que consiga se organizar e apresentar um nome competitivo. “O desgaste da atual gestão é evidente. Se a oposição souber se estruturar, pode surpreender e acabar com a hegemonia petista na Bahia”, avaliou.
No cenário nacional, ele prevê uma eleição presidencial polarizada e com risco de instabilidade. A economia, a inflação e a popularidade de Lula serão fatores determinantes na disputa. “Se o governo continuar sem resultados concretos e a população sentir no bolso os impactos da má gestão, o PT pode enfrentar uma eleição muito difícil”, pontuou.
Sem descartar um futuro protagonismo político, Marcelo Nilo segue observando os bastidores da política, atento aos erros dos atuais governantes e às oportunidades que podem surgir para aqueles que desejam uma Bahia e um Brasil diferentes do que está sendo entregue hoje.
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