O MDB intensificou negociações com o Republicanos para formar uma federação partidária, em resposta ao anúncio da União Progressista — aliança entre União Brasil e PP. A nova federação terá a maior bancada na Câmara e no Senado, além de tempo de TV e recursos dos fundos eleitoral e partidário. Isso elevou a competitividade eleitoral do grupo, levando o MDB a buscar alternativas para se manter relevante no cenário político nacional.
O plano com o Republicanos ganhou força após encontros entre os presidentes das duas legendas, Baleia Rossi e Marcos Pereira, além de um jantar com ministros e parlamentares dos dois partidos. Se consolidada, a aliança MDB-Republicanos reuniria 88 deputados, 15 senadores e cinco governadores, formando uma das forças mais robustas do Congresso.
No entanto, a união enfrenta obstáculos regionais. No Espírito Santo, por exemplo, MDB e Republicanos devem disputar o mesmo cargo ao governo. Na Bahia, os partidos integram grupos políticos opostos: o MDB está na vice do governador petista Jerônimo Rodrigues, enquanto o Republicanos apoia ACM Neto (União Brasil). Há impasses também em estados como Pernambuco, Roraima e Paraíba.
A aproximação com o Republicanos, partido do governador paulista Tarcísio de Freitas, também afasta ainda mais o MDB de uma possível aliança com o presidente Lula (PT) em 2026. Embora o MDB comande hoje três ministérios no governo federal, a maioria da bancada federal rejeita uma reeleição do petista, temendo prejuízos eleitorais nas redes sociais.
Aliados de Helder Barbalho, governador do Pará e nome cotado para vice de Lula, avaliam que a coligação com o PT está cada vez mais distante. Ele estaria mais focado em uma candidatura ao Senado, enquanto o partido aguarda o desenrolar do cenário político e a definição do futuro de Jair Bolsonaro, hoje inelegível, para decidir sua posição nas eleições de 2026.
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