Durante a celebração dos 136 anos do Bembé do Mercado, realizada nesta terça-feira (13), em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou a importância do respeito à diversidade religiosa. “O Estado não tem religião, mas tem que respeitar a crença e a religião de cada um. Esse é o nosso grito”, afirmou a ministra no evento considerado o maior candomblé de rua do mundo e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2000.
A ministra ressaltou que a resistência do povo negro passa pela espiritualidade e que o Bembé reafirma a liberdade e os direitos dessa população. “A gente reafirma o nosso direito à fé, à cultura, à moradia e às políticas públicas”, completou. A celebração também marcou o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, lembrado por lideranças como a secretária Ângela Guimarães, que homenageou a ancestralidade e a luta do povo negro por dignidade e igualdade.
A deputada estadual Olívia Santana também esteve presente e celebrou a importância das tradições religiosas afro-brasileiras. “Precisamos resistir com dignidade. Os tambores vão tocar para Xangô, para Yansã e nossas Yabás”, disse. Ela destacou a relevância de espaços como o Bembé para manter viva a herança cultural e espiritual do povo de terreiro.
Macaé Evaristo ainda alertou para o aumento de casos de intolerância religiosa registrados pelo Disque 100. Somente no ano passado, foram mais de duas mil denúncias de ataques a templos e casas de culto afro-brasileiras. A ministra afirmou que a democracia só será plena quando houver respeito à espiritualidade de todos. “Nossa dignidade não existe se a nossa fé também não for respeitada”, finalizou.
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