O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as manifestações das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros 19 acusados de envolvimento em organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. Na última quinta-feira (6), Bolsonaro pediu que a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, fosse rejeitada pela Corte, alegando falta de provas concretas que o conectem diretamente aos atos narrados na acusação. A PGR tem até a sexta-feira (14) para responder às contestações.
Além da solicitação de Bolsonaro, Moraes encaminhou à PGR as manifestações dos advogados de sete outros denunciados que fazem parte do chamado “núcleo duro” da suposta tentativa de golpe. Entre eles estão Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Segundo a denúncia, esse grupo, composto por membros do alto escalão do governo Bolsonaro, teria sido responsável por arquitetar o plano golpista.
Em outro despacho, Moraes também enviou à PGR os argumentos das defesas de mais 12 acusados, classificados no chamado “grupo 3” da investigação. Entre os nomes estão Bernardo Romão Netto, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Fabrício Moreira de Bastos e outros suspeitos de envolvimento em ações para viabilizar a tentativa de golpe.
Após a resposta da PGR, o caso retorna ao STF, onde o relator avaliará as acusações e os argumentos das defesas antes de decidir os próximos passos do processo. Não há prazo definido para essa análise, mas, concluída essa etapa, o caso poderá ser levado a julgamento pelo Supremo.
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