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Sem meias verdades

Morre Nana Caymmi, ícone da música brasileira, aos 84 anos

Foto: Reprodução/New Mag

Morreu na noite de quinta-feira (1º), aos 84 anos, a cantora Nana Caymmi, uma das maiores vozes da música popular brasileira. A artista estava internada há meses e faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Segundo o irmão Danilo Caymmi, Nana passou os últimos nove meses internada na UTI, enfrentando um quadro grave de comorbidades. “Ela penou muito. Estamos tristes, mas ela descansou”, lamentou.

Filha do lendário Dorival Caymmi, Nana construiu uma carreira marcada por interpretações emocionantes e sofisticadas. Sua voz, de timbre único e dicção característica da família, brilhou ao longo de mais de seis décadas em discos que passearam por samba-canção, bolero e bossa nova. Entre os álbuns mais marcantes estão Voz e Suor (1983), Resposta ao Tempo (1998) e o mais recente Nana-Tom-Vinicius (2020), gravado aos 79 anos.

Nana também teve destaque em trilhas de novelas, como Hilda Furacão e Suave Veneno, e realizou parcerias com grandes nomes como Milton Nascimento, João Donato e César Camargo Mariano. Ao longo da carreira, foi reconhecida pela sensibilidade e precisão vocal, além do repertório apurado, mantendo-se fiel ao estilo que a consagrou.

Mesmo enfrentando perdas pessoais e problemas de saúde nos últimos anos, Nana manteve sua relevância e influência. Sua trajetória deixa um legado incontestável na MPB e uma discografia repleta de interpretações inesquecíveis. “O tempo sabe passar, eu não sei”, diz a canção Resposta ao Tempo — e agora o Brasil se despede de uma de suas maiores intérpretes.

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