O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, morreu nesta terça-feira (13), aos 89 anos, em decorrência de um câncer no esôfago. O estado de saúde do político se agravou nos últimos meses, após a doença se espalhar. Em janeiro, ele havia anunciado que interromperia o tratamento e declarou estar pronto para se despedir da vida pública e pessoal.
Figura emblemática da política latino-americana, Mujica governou o Uruguai entre 2010 e 2015. Antes disso, foi deputado, senador e ministro da Agricultura. Nascido em 1935, ficou conhecido por seu passado como guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros, que combateu a ditadura militar uruguaia. Pela atuação no movimento, passou 14 anos preso e foi vítima de torturas até ser libertado em 1985.
Mujica conquistou reconhecimento internacional pelo estilo de vida simples, pelos discursos em defesa da justiça social e por seu posicionamento político direto e humanista. Mesmo após deixar a presidência, continuou ativo no debate público até anunciar sua retirada da vida política, alegando cansaço e agravamento do estado de saúde.
O ex-presidente deixa sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, que também participou da resistência armada durante a ditadura e seguiu ao lado de Mujica por décadas. “O guerreiro tem direito ao seu descanso”, disse ele, em uma de suas últimas entrevistas.
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