A política de Camaçari passou por uma reviravolta nesta semana com o anúncio da saída de Dudu do Povo (União Brasil) da liderança da oposição na Câmara de Vereadores. A decisão foi comunicada na quinta-feira (8) e contou com a adesão de Manoel Jacaré (PP), que também deixou o grupo oposicionista. Ambos se uniram a Dr. Samuka (PRD), formando uma bancada independente.
Com esse movimento, a oposição perdeu a maioria que detinha na Casa Legislativa. O grupo, antes composto por 12 vereadores, agora tem apenas nove. Já a base governista, liderada pelo prefeito Luiz Caetano (PT), passa a ter 11 parlamentares, tornando-se maioria em um Legislativo formado por 23 cadeiras.
O líder do governo na Câmara, vereador Tagner Cerqueira (PT), afirmou ter sido surpreendido com o anúncio, mas demonstrou entusiasmo com a possibilidade de aproximação com os três parlamentares dissidentes. Segundo ele, o Executivo está aberto ao diálogo, respeitando o posicionamento individual de cada vereador.
Nos bastidores, há rumores de que a crise interna da oposição teria como origem um suposto distanciamento entre o ex-prefeito Antônio Elinaldo (União Brasil) e Flávio Matos, candidato derrotado nas eleições de 2024. A possível divergência estaria ligada à intenção de Matos disputar uma vaga na Câmara Federal, o que não é apoiado por Elinaldo, que é pré-candidato a deputado estadual.
Outro fator que teria motivado a saída dos vereadores oposicionistas seria o descontentamento com a gestão do presidente da Câmara, Niltinho Maturino (PRD). Os parlamentares apontam falta de transparência na distribuição de cargos e alegam que a presidência estaria beneficiando aliados do ex-candidato Flávio Matos, com nomeações suspeitas que podem ter gerado pagamentos irregulares.
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