Deputados federais voltam a articular a chamada “PEC da Blindagem” em meio a pelo menos 20 investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre supostos desvios de emendas parlamentares. A proposta busca impor restrições a operações policiais envolvendo congressistas, além de limitar buscas e apreensões em espaços institucionais, como a Câmara e o Senado. O movimento ganhou força após uma recente operação da Polícia Federal (PF) atingir um assessor do deputado Afonso Motta (PDT-RS), aumentando o desconforto entre os parlamentares. Apesar disso, líderes partidários adotam cautela e avaliam que eventuais reações devem ocorrer a longo prazo.
Na última sexta-feira (16), o STF abriu mais uma investigação envolvendo um deputado, desta vez relacionada a uma emenda indicada por Júnior Mano (PSB-CE). O ministro Gilmar Mendes determinou a análise do caso e deu um prazo de 15 dias para que a PF apresente um relatório parcial da apuração. Enquanto isso, parlamentares buscam retomar negociações para ampliar a imunidade parlamentar e restringir ações da PF, um movimento que já havia sido tentado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em 2021. Em seu discurso de posse, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reforçou a importância da imunidade parlamentar, sinalizando apoio à proposta.
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