A Polícia Federal desarticulou nesta quarta-feira (7) um centro clandestino de tráfico internacional de animais silvestres em Juazeiro, no norte da Bahia. A ação faz parte da Operação Além Mar, deflagrada após a interceptação de um navio brasileiro pela Guarda Costeira do Togo, na África, que transportava ilegalmente micos-leões-dourados e araras-azuis-de-lear — espécies ameaçadas de extinção.
A embarcação partiu do Brasil e tinha como destino o Benin. Durante a inspeção, foram identificadas licenças falsas do acordo CITES, usado para regular o comércio internacional de fauna e flora. Os tripulantes foram presos e os animais, resgatados em condições precárias, foram repatriados e levados a centros de reabilitação no Rio de Janeiro e em São Paulo, com apoio do Ibama e da PF.
No Brasil, os agentes cumpriram mandados judiciais e localizaram, em Juazeiro, um imóvel usado como centro de distribuição ilegal de animais silvestres. No local, foram encontrados diversos primatas e aves em situação de maus-tratos, o que configura crime ambiental. As condições insalubres reforçaram a gravidade da situação.
Os envolvidos no esquema vão responder por organização criminosa, tráfico internacional de fauna silvestre e maus-tratos a animais. As penas podem ultrapassar 18 anos de prisão, segundo a Polícia Federal. A investigação continua para identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa.
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