A Polícia Federal (PF), a Procuradoria-Geral da República e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão agora ativamente investigando a alegada prática de “rachadinha” no gabinete do deputado federal André Janones.
No âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux encaminhou à PF informações em posse do Ministério Público para verificar a consistência das provas provenientes de denúncia feita por um ex-assessor.
Informações obtidas pela coluna revelam que em setembro do ano passado, um mês antes das eleições, membros da Abin se reuniram em Brasília com o denunciante, registrando detalhadamente diferentes alegações de irregularidades ocorridas no gabinete de Janones. Este admitiu o uso de fake news nas redes sociais durante o processo eleitoral de 2022.
A denúncia tem como base um áudio no qual um aliado de Janones, sem saber que estava sendo gravado, afirma ter repassado valores ao deputado e à atual prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, provenientes do esquema de “rachadinha”.
De acordo com o relato, os servidores do gabinete eram supostamente coagidos a fazer saques em espécie, possivelmente até duas vezes por dia, logo após receberem seus salários. O dinheiro em espécie seria entregue em mãos a Leandra, na época assessora de Janones, que nega qualquer irregularidade.
O ex-assessor, na denúncia, sugere que a quebra do sigilo bancário dos servidores do gabinete poderia comprovar o padrão de saques realizados em caixas eletrônicos.
Além disso, o ex-assessor acusa Janones de receber propina, equivalente a 20%, por obras em Ituiutaba, e alega que a prefeitura estaria envolvida em superfaturamento ao contratar artistas para realizar eventos na cidade.
Recentemente, o Metrópoles revelou que o deputado cobrava parte do salário dos assessores para custear despesas pessoais, como casa, carro, além de solicitar R$ 200 mil aos assessores para financiar campanhas eleitorais.
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