A reforma ministerial prometida por Lula (PT) está se arrastando há seis meses, tornando-se um reflexo da fragilidade política do governo. Inicialmente prevista para após as eleições municipais de 2024, a mudança na Esplanada dos Ministérios foi adiada diversas vezes, com o governo enfrentando uma série de percalços, incluindo crises internas e externas. Mesmo com datas fixadas para o anúncio das mudanças, como em janeiro, o presidente fez apenas uma substituição no primeiro escalão, demonstrando a dificuldade de concretizar a reforma.
O governo Lula pretendia que a reforma preparasse o PT para a disputa eleitoral de 2026, com ajustes no ministério baseados na correlação de forças pós-eleições. No entanto, até agora, as trocas têm sido mínimas, limitadas a alterações de baixo impacto político, e ministros criticados, como Márcio Macêdo e Paulo Teixeira, permanecem nas funções. A falta de consenso dentro do partido e a necessidade de garantir governabilidade no Congresso têm dificultado ainda mais o processo.
Em fevereiro, algumas mudanças ocorreram, como a substituição de Nísia Trindade pela nomeação de Alexandre Padilha na Saúde, e a ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais. No entanto, a reforma ministerial, que visava garantir compromissos eleitorais e fortalecer o governo, não avançou como o esperado. Crises como a falsa informação sobre a taxação do Pix também contribuíram para a paralisia da reforma.
Além das dificuldades políticas, os obstáculos eleitorais também complicam o cenário, pois muitos partidos precisam indicar candidatos para a reeleição ou outras disputas em 2026, o que força alguns ministros a deixar seus cargos. Apesar de todos esses desafios, os aliados de Lula permanecem otimistas, acreditando que a melhora da economia e a recuperação da popularidade do presidente possam finalmente consolidar as mudanças no governo.
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