O ex-ministro da Cidadania e presidente do PL na Bahia, João Roma, ressaltou o caráter pacífico das manifestações realizadas no último domingo (16) pela anistia dos condenados em processos referentes ao 8 de Janeiro e pontuou a atuação do Judiciário para insuflar os ânimos ao definir penas exorbitantes para crimes de vandalismo, sem considerar, para isso, o devido processo legal.
“Foram manifestações pacíficas com mote na anistia dos que estão condenados sem o cumprimento do rito legal e que estão com penas exorbitantes. O que salta aos olhos é que todos nós somos contra o vandalismo, mas o que está ocorrendo no Brasil são dois pesos e duas medidas”, declarou Roma, na manhã desta segunda-feira (17), em entrevista à Rádio Princesa FM, de Feira de Santana.
O dirigente do PL fez, entretanto, uma ressalva sobre o objetivo dos atos de domingo (16). “Muita gente confunde e acha que a anistia pedida é para que Jair Bolsonaro seja candidato à presidente da República em 2026”, destacou Roma ao explicar que a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro não se dá pelo 8 de Janeiro, mas por uma reunião com embaixadores durante o mandato.
“As penas aplicadas são demasiadas para os episódios que foram feitos. Temos um judiciário que está manipulando a população e que, ao invés de estar desinsuflando, está acirrando os ânimos”, denunciou João Roma ao apontar que as atuais gestões petistas no governo federal e na Bahia seguem a mesma cartilha. “Manipulam o nosso povo, dizendo que o protege, mas não conseguem fazer o dever de casa”, declarou.
O presidente estadual do PL, ao ser questionado sobre 2026 na Bahia, reiterou que é pré-candidato a governador, mas disse que, diferente de 2022, mantém diálogo com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), também pré-candidato ao posto. “Já manifestei não só meu interesse, mas já declarei que sou pré-candidato a governador da Bahia”, enfatizou Roma, informando que, após o Carnaval, iniciou agenda nesse sentido.
Roma ainda relatou na entrevista, que, em dezembro, depois de um longo tempo, parou e sentou com ACM Neto. “O bojo da nossa conversa foi a necessidade de juntar esforços para combater o PT no estado da Bahia”.
O ex-ministro da Cidadania afirmou compartilhar com o ex-prefeito visões muito parecidas da gestão pública. Como em 2022, Roma disse que o inimigo comum de ambos é o PT. “Não estão vindo recursos para a Bahia; as obras não acontecem. Precisamos ter uma Bahia em que tenha ordem e a lei funcione. O PT não entrega o que promete”.
O presidente estadual do PL também destacou a importância do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil), para 2026. “Feira é a maior cidade do interior do Nordeste brasileiro e José Ronaldo tem sido um precursor nesse processo. Enxergou essa necessidade de estarmos próximos e somar esforços”, declarou Roma, cujo partido integra a base do prefeito de Feira.
Roma disse que buscará reunir e fortalecer quadros feirenses e outros que tenham votação no município para as próximas eleições. “Necessitamos ampliar nossos quadros, principalmente aqueles que têm, de alguma forma, relação com a população”, disse Roma ao citar o presidente do partido, Raimundo Júnior, o empresário Neto Bahia e o vereador Ismael Bastos.
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