O município de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, está em processo de reconstrução após uma forte enchente causada pelo transbordamento do Rio Subaé. Entre os dias 2 e 4 de maio, mais de 300 mm de chuva caíram sobre a cidade, provocando alagamentos em 11 bairros e afetando diretamente cerca de 300 famílias. A prefeitura decretou situação de emergência no fim de semana.
O prefeito Flaviano Bonfim mobilizou um gabinete de crise com apoio do Governo da Bahia, da Defesa Civil e de equipes da saúde para atender a população atingida. Escolas foram transformadas em abrigos e cestas básicas, colchões e vacinas começaram a ser distribuídos. Segundo a gestão, cerca de 400 residências sofreram danos.
O Corpo de Bombeiros atuou no resgate de moradores ilhados e no monitoramento de áreas de risco. O major Márcio Estrela, do 2º BBM, informou que as águas subiram de forma lenta, o que ajudou a evitar mortes ou ferimentos graves. A principal preocupação agora é com as estruturas comprometidas e riscos de novos deslizamentos.
Apesar da trégua na chuva desde segunda-feira (5), moradores seguem apreensivos com a previsão de mais temporais até o próximo domingo. “O povo está com medo de acontecer de novo, ou até pior. Muita gente perdeu móveis, casas e até mercadorias”, relatou Antônio Mario de Miranda, morador do centro.
Mesmo diante da situação crítica, o tradicional Bembé do Mercado, que celebra a liberdade religiosa e completa 136 anos, será mantido. O prefeito Flaviano Bonfim garantiu que a cidade continuará apoiando o evento, que acontece entre os dias 10 e 18 de maio, com estrutura de segurança, barracas e iluminação.
Santo Amaro é reconhecida por sua importância cultural e histórica na Bahia. Agora, além da reconstrução física, a cidade busca retomar a normalidade emocional e social após o impacto das fortes chuvas. A solidariedade entre os moradores e o suporte das autoridades têm sido fundamentais nesse processo.
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