São Francisco do Conde celebra o Samba de Roda com mestres

A cidade de São Francisco do Conde foi palco de mais uma edição do projeto “Minha Cultura, Minha Arte, Meu Patrimônio”, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECULT). O evento reuniu Mestres do Samba de Roda e convidados para um diálogo aberto sobre a valorização da cultura popular, com foco especial na importância do Samba de Roda como patrimônio do Recôncavo Baiano.

Entre os participantes estavam nomes expressivos da cultura regional, como Mestre Milton Primo, João Carlos (ex-diretor do IPAC), Mestre Alexnaldo, Alva Célia, Mameto Vanju, Jane da Casa do Samba Zé de Lelinha, e a sambadeira Mestre Zélia do Prato, de Santo Amaro. A roda de conversa trouxe relatos e reflexões sobre os desafios para manter viva essa tradição ancestral e formas de repassá-la às próximas gerações.

Os mestres abordaram temas como políticas públicas de incentivo, reconhecimento cultural e a importância das estratégias orais e vivenciais na preservação do Samba de Roda. A manifestação, que se diferencia do samba tradicional por seu ritmo, origem e função social, foi destacada como símbolo de resistência, identidade e cura.

Um dos momentos mais emocionantes foi o depoimento de Mestre Zélia do Prato, que compartilhou sua experiência de superação da depressão por meio do samba: “É vida, alegria e cura. O samba me curou da depressão. Arrasto minha barriga no chão pra ir onde for pelo samba.” Ela se prepara para representar a tradição da Tocadora de Prato em um evento internacional na França, levando consigo a força da cultura do Recôncavo.

O projeto “Minha Cultura, Minha Arte, Meu Patrimônio” segue como uma das principais ações da SECULT em São Francisco do Conde para fortalecer a identidade cultural local. Novas edições já estão previstas, abordando outras expressões da cultura popular e reforçando o compromisso com o reconhecimento e a preservação do patrimônio imaterial do município.

Bahia Política

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