Bahia Política

Sem meias verdades

Símbolos ligados a facções representam risco em várias regiões do Brasil

Foto: Reprodução/Redes Sociais

No Brasil, sinais aparentemente inofensivos como gestos, tatuagens, roupas e até cortes de cabelo podem representar risco à vida por estarem associados a facções criminosas. Recentemente, o tema voltou à tona após a morte de Sebastiana Luiz da Silva, de 57 anos, no Rio de Janeiro. Ela foi assassinada por estar vestida de preto, cor proibida por traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV), que a associam a grupos milicianos.

Entre os símbolos mais perigosos estão gestos populares, como o sinal de “paz e amor”, que pode ser interpretado como pertencimento ao CV, e o gesto com três dedos levantados, associado ao Bonde do Maluco (BDM), facção rival. Roupas também se tornaram marcadores de facção: camisas de seleções como Argentina, França e Jamaica são ligadas ao BDM, enquanto o uniforme do Flamengo é relacionado ao CV.

Desenhos e cores também estão na mira dos criminosos. O personagem Mickey Mouse, por exemplo, foi adotado pela facção conhecida como “A Tropa”, originária de Salvador. A cor preta é especialmente perigosa em áreas dominadas pelo CV, por ser associada a milicianos, o que já motivou mortes em comunidades controladas por traficantes.

Além disso, tatuagens e cortes de cabelo deixaram de ser apenas uma questão estética. Desenhos como o escorpião têm sido ligados ao PCC, enquanto cortes com dois ou três riscos e sobrancelhas marcadas também podem ser vistos como identificação com facções. Diante disso, moradores de áreas vulneráveis têm evitado esses elementos para não correrem riscos desnecessários.

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