O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento da deputada Carla Zambelli (PL-SP) após um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques nesta segunda-feira (24). O processo envolve acusações de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, relacionadas a um episódio na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a parlamentar sacou uma arma e perseguiu um homem nas ruas de São Paulo.
Apesar da suspensão, o ministro Cristiano Zanin adiantou seu voto, ampliando o placar para 5 a 0 a favor da condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão. O relator do caso, Gilmar Mendes, já havia sido acompanhado pelos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O pedido de vista pode adiar o desfecho do julgamento por até 90 dias.
Além da pena de prisão, os ministros que já votaram defenderam a cassação do mandato da deputada, que só se tornaria definitiva após o fim do processo e o esgotamento dos recursos. Mendes também propôs a revogação do porte de arma da parlamentar e a entrega da arma ao Comando do Exército, destacando o “elevado grau de reprovabilidade” da conduta.
Para a defesa da deputada, o pedido de vista traz esperança de uma análise mais detalhada do caso pelos demais ministros, reforçando o argumento de que a condenação não deveria prevalecer. Zambelli argumenta que agiu em resposta a ofensas recebidas e nega ter ameaçado a vítima de forma ilegal.
Por outro lado, a advogada do jornalista Luan Araújo, perseguido pela deputada, destacou que os vídeos do episódio foram fundamentais para esclarecer os fatos. Segundo a defesa, as imagens mostram que Zambelli não estava em risco e reagiu de forma desproporcional ao confronto verbal.
O julgamento será retomado quando Nunes Marques devolver o processo para análise. Até lá, o placar segue desfavorável para a deputada, que enfrenta a possibilidade de condenação e perda do mandato.
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