União Brasil resiste à saída de Pedro Lucas para ministério

A possível ida do deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) para o Ministério das Comunicações tem gerado resistência dentro do União Brasil. Apesar de o nome ter sido confirmado pela ministra Gleisi Hoffmann, o parlamentar ainda não oficializou o aceite. Segundo aliados, o adiamento seria uma estratégia para ouvir a bancada e evitar um desgaste interno com relação à sucessão da liderança na Câmara, o que acendeu o alerta entre os deputados do partido.

Diversos parlamentares defendem que Pedro Lucas permaneça como líder, alegando que ele vem fazendo um bom trabalho e tem promovido equilíbrio na condução da bancada. Por outro lado, há temor de que a saída do deputado abra espaço para nomes ligados à ala mais conservadora do partido, o que poderia alterar a dinâmica interna do União. A sucessão da liderança se tornou ponto central na decisão, com disputas silenciosas nos bastidores.

A possibilidade de o ex-ministro Juscelino Filho assumir a liderança é amplamente rejeitada por parte da bancada. Denunciado pela Procuradoria-Geral da República por suposto desvio de emendas, ele enfrenta forte resistência entre os colegas. Nos bastidores, circula a avaliação de que o presidente do partido, Antônio Rueda, estaria manobrando para emplacar um nome aliado, o que aumenta a tensão dentro da legenda.

Além do impasse interno, a situação de Pedro Lucas também se complica por conta do projeto de lei da anistia em tramitação na Câmara. O União Brasil liderou o número de assinaturas favoráveis à urgência do projeto, mesmo com ministérios no governo. A divergência entre o discurso da base aliada e a prática dos parlamentares evidencia o desgaste na relação com o Executivo. Enquanto isso, o futuro de Pedro Lucas segue indefinido – e politicamente delicado.

Bahia Política

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