Vendedora ambulante denuncia agressões por agentes de fiscalização da Prefeitura

Na manhã da última quarta-feira (28), viralizou na cidade de Feira de Santana, a informação onde agentes de fiscalização da Secretaria de Trabalho Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec), popularmente conhecido como ‘Rapa’, se envolveram em uma confusão generalizada com vendedoras ambulantes do Centro de Abastecimento (Ceasa).

A nossa reportagem esteve na Rua Marechal Deodoro para conversar com uma das mulheres que informaram as agressões por parte dos fiscais. Alana Padilha é vendedora ambulante e, no momento, estava vendendo lanches pelas ruas do centro. Ela contou como aconteceu.

“Eu estava normalmente trabalhando com meu carro de lanche, enquanto ele veio de lá pra cá e mandou eu sair. Só foi questão de um minuto de dar a coxinha do moço ao lado. Ele me xingou. Ainda derrubou e quebrou tudo, minha vitrine com meus lanches dentro”, informou.

Alana vende em um carrinho personalizado adquirido por ela mesma. Por conta da forma da abordagem, encontra-se sem material de trabalho.

Segundo ela, a Polícia Militar esteve no local após a confusão e encaminhou a ambulante para prestar a ocorrência. “Estou com o papel da ocorrência. Ele não tinha em momento nenhum ter me agredido, independente de qualquer situação, ele não podia ter batido na minha cara”, afirmou.

Além da retenção do material de trabalho, ela alega agressões físicas e ameaças por parte de um dos agentes. “Foi minha primeira vez porque eu nunca desrespeitei nenhum deles. Só a ousadia que eu achei de chegar e bater na minha cara. Isso é falta de respeito com a gente trabalhador. E além de tudo, ele ainda me ameaçou que se eu desse queixa dele, ele me mataria”, informou.

Projeto Contra Ações do Rapa 

O vereador Luiz da Feira (Avante), protocolou um Projeto de Lei de sua autoria, o qual proíbe ações de fiscais da Settdec, o Rapa, em Feira de Santana. As fiscalizações são voltadas para retirar os ambulantes das ruas, que segundo o vereador, tem caráter truculento e desrespeitoso com os trabalhadores. Entretanto, foi vetado pelo prefeito Colbert Martins da Silva na data de ontem (28) através de publicação pelo Diário Oficial. A prefeitura argumenta que o projeto é ilegal por ferir princípios administrativos. (Acorda Cidade)