O ex-deputado federal Wolney Queiroz foi anunciado nesta sexta-feira (2) como o novo ministro da Previdência Social. Ele substitui Carlos Lupi, que pediu demissão em meio à crise provocada pelo escândalo de fraudes em benefícios pagos pelo INSS. A nomeação de Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União.
A saída de Lupi ocorreu após denúncias que apontam desvios de até R$ 6,3 bilhões por meio de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Investigações revelaram que associações fraudavam cadastros de beneficiários para aplicar os descontos sem autorização. Lupi e seu então número 2, Wolney, já haviam sido alertados sobre o problema em 2023, mas as primeiras ações efetivas só ocorreram quase um ano depois.
Natural de Caruaru (PE), Wolney Queiroz é filiado ao PDT e exerceu seis mandatos consecutivos como deputado federal. Em 2022, liderou a oposição ao governo Bolsonaro na Câmara. Naquele mesmo ano, tentou a reeleição, mas não foi bem-sucedido. No Ministério da Previdência, ocupava o segundo cargo mais importante e agora assume o comando da pasta.
A operação que levou à queda de Lupi e à nomeação de Wolney foi conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. Durante as ações, foram apreendidos dinheiro, joias, relógios de luxo, carros — incluindo uma Ferrari — e quadros valiosos. Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, foi afastado e demitido após os desdobramentos da investigação.
Segundo a Polícia Federal, o esquema teve início em 2019 e contou com a atuação de lobistas como Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como principal operador das fraudes. Ele é sócio de 22 empresas registradas em um único endereço, localizado em Taguatinga, próximo a Brasília. Seis pessoas ligadas a uma associação de Sergipe também foram presas.
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