Em sua delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid revelou ter recebido uma quantia em dinheiro do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Braga Netto, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Segundo Cid, o montante foi entregue dentro de uma sacola de vinho e posteriormente repassado a Rafael Martins de Oliveira. O depoimento faz parte de sua colaboração premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Cid afirmou às autoridades que se lembra de ter deixado o pacote na biblioteca do Alvorada antes de entregá-lo a Oliveira, mas não soube precisar a data exata ou o valor contido na sacola. O ex-ajudante de ordens ressaltou que não abriu o pacote e apenas repassou o dinheiro conforme orientado. A descrição do recipiente reforça que a quantia estava lacrada e grampeada, sem que ele tivesse acesso ao conteúdo.
Além desse relato, Cid mencionou uma reunião ocorrida em 28 de novembro de 2022, envolvendo militares formados no Curso de Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”. O encontro teria contado com a presença de oficiais com diferentes posturas, alguns mais exaltados, outros menos, mas ele não soube identificar quem adotava cada posição.
A delação de Mauro Cid é uma peça-chave nas investigações que envolvem Jair Bolsonaro e seu círculo próximo. As informações fornecidas pelo ex-ajudante de ordens seguem sendo analisadas pelas autoridades no contexto de apurações sobre possíveis irregularidades e movimentações financeiras suspeitas no governo do ex-presidente.
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