28 de fevereiro de 2025

Bahia Política

Sem meias verdades

Fiocruz alerta para risco de aumento de complicações respiratórias após o carnaval

Foto: Tomaz Silva

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre o risco de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devido à aglomeração de pessoas durante o carnaval. Apesar de nenhum estado brasileiro apresentar alta incidência da doença no momento, o boletim Infogripe ressalta que a transmissão de vírus respiratórios pode ser impulsionada pelo contato próximo entre foliões. Estados como Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão, Sergipe e Mato Grosso, que anteriormente registravam aumento de SRAG entre idosos, agora apresentam estabilidade ou oscilação nos casos.

Diante desse cenário, especialistas recomendam que pessoas com sintomas gripais, como febre, tosse e coriza, evitem festas e busquem atendimento médico caso o quadro se agrave. Além disso, reforçam a importância da vacinação contra a covid-19, especialmente para grupos de risco, como idosos, gestantes, pessoas com deficiência e indivíduos com comorbidades, que necessitam de doses de reforço periódicas. Atualmente, a vacinação básica contra a doença é voltada para crianças de 6 meses a menos de 5 anos.

Os números recentes mostram a gravidade da SRAG no país. Até o dia 22 de fevereiro, foram registrados aproximadamente 13,5 mil casos da síndrome, dos quais mais de 2,2 mil tiveram confirmação para covid-19. Além disso, 1.194 mortes foram associadas a complicações respiratórias, sendo 466 causadas pelo coronavírus. A SRAG compromete a função pulmonar e, em muitos casos, exige internação, representando um risco maior para pessoas vulneráveis.

Outro ponto de atenção são as crianças e adolescentes, especialmente após a volta às aulas. O boletim da Fiocruz identificou um crescimento dos casos de SRAG em menores de 14 anos em estados como Acre, Pará, Roraima, Tocantins, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. Em Goiás e no DF, grande parte das infecções está associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), que pode ser grave em crianças menores de 2 anos. Além disso, nove estados apresentam tendência de aumento da SRAG nessa faixa etária, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

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