O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu um parecer nesta segunda-feira (10) no qual se posiciona contra o pedido da defesa do general Braga Netto para ampliar o prazo de 15 dias para apresentação de sua manifestação sobre a denúncia da trama golpista. O pedido de prorrogação foi feito pelos advogados do militar, que solicitaram um prazo de 30 dias adicionais para analisar o material do caso, que inclui cerca de 70 gigabytes de dados e 1.400 arquivos.
A defesa de Braga Netto também alegou não ter tido acesso completo à delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e solicitou que sua manifestação fosse apresentada após a defesa de Cid. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, já havia determinado o prazo de 15 dias, conforme estipulado pela legislação, e rejeitado o pedido de prorrogação em duas ocasiões.
Em seu parecer, a Procuradoria-Geral da República defendeu a manutenção das decisões de Moraes, argumentando que a legislação não prevê a extensão do prazo para a defesa. Gonet também afirmou que não há fundamento legal para a concessão do prazo adicional solicitado pelos advogados de Braga Netto.
Apesar das dificuldades apontadas pela defesa, que considera a denúncia “fantasiosa”, o general já enviou sua manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), continuando sua estratégia de contestar as acusações, enquanto aguarda a decisão da Primeira Turma sobre o recurso interposto.
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