Mesmo internado na UTI após uma cirurgia no abdômen, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve dar o aval ao novo texto do projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. A informação foi confirmada pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), que afirmou que Bolsonaro continua acompanhando os desdobramentos políticos e trocando mensagens com aliados, inclusive via WhatsApp.
Segundo Sóstenes, o ex-presidente tem papel decisivo na formulação do novo texto, que deve ser mais enxuto para reduzir resistências dentro da Câmara. A proposta ainda está sendo ajustada por técnicos, após recomendação de Bolsonaro, e deve ser finalizada na próxima semana. O líder do PL também mencionou a possibilidade de enviar o texto ao ex-presidente por meio de sua esposa, Michelle Bolsonaro, caso as visitas ao hospital permaneçam restritas.
O projeto, que propõe a anistia para condenados pelos ataques aos Três Poderes, vem gerando polêmica, especialmente pela inclusão de atos pretéritos e futuros relacionados ao 8 de janeiro, o que, segundo críticos, pode abrir brechas para beneficiar Bolsonaro e outros envolvidos em tramas golpistas. Ainda não há clareza sobre quem seria efetivamente incluído na nova versão do texto.
O requerimento de urgência para tramitação direta no plenário já foi protocolado com 262 assinaturas, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a decisão será tomada em conjunto com os líderes partidários. Ele também indicou esperar uma atuação mais firme do governo para barrar o avanço do projeto, que tem apoio da base bolsonarista e resistência do STF e do Palácio do Planalto.
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